quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Momento Ugly Betty

No sexto episódio da terceira temporada de Ugly Betty, a modelo brasileira Adriana Lima faz uma participação especial. Betty Suarez descobre que o Tico Berry é a fruta preferida da modelo e consegue convencê-la a participar da próxima edição da revista Mode. O Tico Berry, que na história seria cultivada na propriedade do pai de Adriana, no Brasil, é na verdade uma fruta originária do sudeste asiático, chamada Rambutão ou Rambutã. No Brasil ela é plantada com fins comerciais nos Estados da Bahia e Pará.

Eu nunca comi Rambutão, mas dias atrás fui apresentado a outra fruta muito particular, a Physalis ou Fisalis. Da família dos tomates e pimentões, ela produz um pequeno fruto redondo protegido por uma fina folha em forma de balão. O sabor é doce e levemente ácido.

Considerada exótica, um quilo desta fruta originária da Amazônia e dos Andes, mas com variedades espalhadas pelo mundo, pode custar até 120 reais. É utilizada em pratos elaborados ou servida coberta com chocolate. Entre as propriedades medicinais da planta, ela poderia, além de purificar o sangue e fortalecer o sistema imunológico, reduzir inclusive o colesterol.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Bons propósitos

Eu nunca gostei das listas de bons propósitos para o ano novo, porque elas simplesmente nunca funcionaram comigo. Fazer esporte, ler mais, ir à praia, tudo isso com o tempo era esquecido, deixado pra lá. Quando deixei minhas terras para conhecer outros locais, cheguei a fazer uma lista de dez objetivos de vida, que depois viraram oito pelo esquecimento dos outros dois. Eram porém coisas bem genéricas, como estudar idiomas, e eu estudei vários, até russo e chinês, embora hoje não me lembre de mais nada. No final das contas, acabei cumprindo tudo, mas não fazendo nada, porque os objetivos finais não eram claros.

Resolvi então fazer uma nova lista este ano. São onze objetivos ou princípios gerais, que precisam agora gerar metas e ações bem claras. Ao invés de estudar idiomas, coloquei obter fluência em inglês, italiano e alemão, e para me certificar de tal fato, estou me propondo a fazer os exames ou certificações de proficiência destas línguas. Tenho ainda que definir prazos, estratégias e partir para a ação.

Não pretendo colocar aqui a lista dos onze pontos, mas um deles diz respeito a este blog. Há quase um ano criei este espaço e abandonado ele ficou. Um problema muito sério é que gosto de ter tudo muito claro antes de começar as coisas. Decidir o nome me tomou meses, não consegui encontrar um tema para ele e não sei qual perfil ele vai ter. Resultado: não fiz nada em quase dez meses de pseudo-existência, tanto que ainda nem divulguei.

A estratégia para este ano é publicar algo pelo menos uma vez por semana. É preciso buscar disciplina para que o negócio funcione, até porque este será um ano bem complicado, cheio de compromissos e prazos a cumprir, O assunto por enquanto vai ficar aberto. Acredito que com o tempo o blog vai começar a mostrar um perfil próprio, uma linguagem particular, uma linha editorial.

Ideias eu tive várias, mas não parei para colocá-las em prática. Assim como na vida real, só sobrevivem os mais fortes, não necessariamente os melhores. Tenho certeza que inspirações virão, mas se elas irão sobreviver a tudo e terminar por aqui, é já outra história.

domingo, 7 de junho de 2009

Início

Saí pelo mundo, armado com meu cesto de palha, para apanhar palavras. Passarei pelos campos cultivados, pelos jardins e pomares, pelas estradas estreitas de velhas cidades, pelas amplas alamedas de grandes cidades, subirei montanhas até tocar o céu, navegarei por mares e mergulharei nos seus tesouros. Visitarei desertos, ruínas, palácios, florestas, selvas, praias, palafitas, aldeias. Habitarei em casas de palha, dormirei em redes penduradas em palmeiras, verei o nascer do sol em um hemisfério, e o pôr-do-sol em outro. Falarei com os mortos e eles me contarão seus segredos, escutarei espíritos e me dirão a verdade, caminharei com os anjos, e levitarei com os vivos. Amarei e serei amado. Beberei leite e comerei gafanhotos silvestres e mel. Dividirei meu pão com quem não tem o que comer, e minhas roupas com que não tiver o que vestir. Na escuridão da noite, a lua será minha companheira. A chuva será o meu chuveiro, e o sol a minha toalha. No fim, quando tiver palavras suficientes para encher meu cesto de palha, voltarei para o aconchego do meu lar, beberei uma taça de vinho e quebrarei o copo, apenas para ouvir o som do cristal que se divide em milhares de pequenos pedaços.